quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

(Quase) Uma década de lolita: a retrospectiva

Não sei ao certo se a década termina na semana que vem ou no final de 2020, já vi algumas tretas sobre isso. Mas tava jogando bingo na casa da minha família - não sei vocês, mas é um momento que gera mais animação do que a própria ceia de Natal - e vi que muita gente ainda se surpreende por eu ter quase trinta. CACETE, EU TENHO QUASE TRINTA! Até eu mesma me surpreendo, na verdade. E me surpreendo ainda mais ao lembrar que tenho quase nove anos usando lolita. O tempo voa!

Com tanta história pra contar, apresento a vocês um breve passeio pela minha trajetória no estilo, e minhas considerações sobre essa vivência.

1 - Meu primeiro outfit: 2011

Eu conheci lolita no começo da década, por causa de um amigo viciado em cultura japonesa. Me achava velha pra usar, mas resolvi tentar assim mesmo. Faz tanto tempo, que meu cabelo ainda era liso, eu cortei Chanel e achava que tava arrasando quando na verdade parecia a Smoochum.


2 - O pior outfit: Bon Odori - 2014

Talvez "pior" seja um nome muito forte pro visual, mas a verdade é que vejo as fotos atualmente e não gosto. O vestido estava sem poof, não teve uma silhueta legal, a bolsa destoava completamente, o sapato foi pintado às pressas com tinta automotiva... Uma bosta.


3 - O melhor outfit: Bon Odori - 2016

A óbvia frustração com o visual do ano anterior me motivou a melhorar. Foi um ano pródigo pra mim: consegui pôr as mãos num Usakumya (um dos acessórios mais icônicos da Baby), ganhei uma meia de indiebrand que eu queria muito, usei brand... No fim de 2016, passei também a usar decora. Uma mudança e tanta para quem achava o estilo uma árvore de Natal.


4 - Um outfit que ninguém esperaria me ver fazendo: Anipólitan - 2015

SIM, eu fiz um outfit gótico para o Anipólitan daquele ano (o último que eu iria - quebrei a ausência neste ano). Realizei outro sonho: vestir alguma coisa da Surface Spell. A Ana, do blog Tea and Macarons, me vendeu a Judgement Day. Eu ainda tinha cintura pra isso. Ahahah



5 - Um outfit marcante: Saraiva Nipônica, 2016

Eu fui convidada pelo portal Nerdaiada para ir a uma palestra sobre moda japonesa, junto com algumas amigas. No momento do evento, me colocaram pra explicar sobre o estilo lolita e eu não soube onde enfiar a cara, mas tive jogo de cintura e fiz o que tinha de ser feito. 


6 - A melhor aquisição: Usakumya - Baby, the Stars Shine Bright

Hoje ele mora na casa da Heidi Michel, uma amiga gaúcha a quem amo muito e considero como a outra irmã que eu não tive, mas passei cerca de um ano com ele e foi a melhor coisa possível pra uma sweet lolita. Ele agrega demais ao outfit e todo mundo ama ver.



7 - A pior aquisição: Lace Print, Alice and the Pirates

Não pela vendedora, que era um amor; não pela condição do vestido, que tava ótima; não pelo preço, que tava do cacete pra brand*, mas porque eu simplesmente não fico bem de marrom nem a pau. Não consegui curtir.

*não lembro se era mesmo brand. ainda assim, o preço tava ótimo.


8 - Uma amiga que fiz com lolita

Já falei da Heidi? Pois bem. Ela tem uma capacidade incrível de coordenar, é hiper criativa, é carismática e MEGA GENTIL. É uma pessoa que eu realmente posso chamar de amiga fora do estilo, pois conhece muito da minha trajetória e me apoia com TUDO. Ela foi praticamente minha co-editora na revista Delikat, me deu a boneca Kuu Kuu Harajuku que ela estava vendendo só porque sabia que eu não tinha como pagar na época e eu ia ficar feliz... Te amo, guria!

crédito da foto: Renato Uchôa

9 - Se eu pudesse voltar no tempo em lolita... 

JAMAIS sairia comprando coisas aleatórias pro meu guarda-roupa, tampouco pularia de estilo em estilo todo ano. Não sou como a Ana, que é AP até a morte, mas com jeitinho consigo comprar uma coisinha ou outra periodicamente. O problema é que eu, durante vários anos, fui hiper inconsistente no estilo. O que nos leva ao final deste post:



10 - Uma decisão para a nova década

Eu decidi, pela primeira vez, me manter numa única cor dentro de lolita e fazer o que se chama de um armário cápsula. A partir de 2020, passarei a usar a cor azul como uma espécie de "identidade visual". Estou esperando por dois pares de sapatos de cores neutras para compor meus visuais, e comprarei um terceiro em azul para completar a fila; a mesma coisa com bolsas e outros trecos. Percebi que esta é a cor que mais me valoriza, então vou com ela.


Essa foi a minha década em lolita, crianças. Como foi a de vocês? 
Boas festas e um 2020 recheado de coisas boas pra todo mundo!
xoxo,




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